quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Em jeito de sms

Como voto de boas festas, felizes e prósperas (e também santas, se for de livre vontade), deixo aqui o primeiro de nove trechos do filme Encontro com Milton Santos, no qual este grande pensador brasileiro nos faz crer, como Sartre, que "o mundo de hoje, que é horrível, é apenas um momento do longo desenvolvimento histórico".

Com um beijo para a Alzira, minha sábia sabiá, que já me mostrou tantas coisas boas.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Eu orquestro, tu orquestras, ele orquestra

Aqui fica belo exemplo do que são as orquestras juvenis Simón Bolívar, um projecto fundado há 40 anos na Venezuela que pôs os meninos pobres a aprender música clássica e tem vindo a disseminar-se por toda a América Latina. Há cerca de um ano chegou ao bairro social do Casal da Boba, Amadora, Portugal, pelas mãos da Gulbenkian, do Conservatório Nacional e da autarquia local (integrado no Projecto Geração). Já foi adoptado pela Vialonga, em Vila Franca de Xira, e está em vias de ser importado por outros concelhos do país. Também quero.


gtltornt9
Enviado por gtltornt

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Clube de Jazz


Bela dica, Zé Luís. E, como dizia o palhaço Croquete, que também animava a telefonia quando estagiei na Rádio Mais, vai para 15 anos: "até jazz,... que jazz também é música". Nice.

sábado, 13 de dezembro de 2008

O sol nascente é tão belo


Obrigado Inês Valsinha, por teres feito
o que eu sonhava fazer um dia.
Aos chás marroquinos com tremoços
(que sejam muitos e nunca nos façam barriga).
Aos sábios gregos.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

As mais perfumadas

Amélia Muge - 1 autora, 202 canções

Dia 7 de Dezembro, às 21 no CCB

"Talvez por necessidade, talvez por resposta aos que me seguem, quando acabo um trabalho já estão na forja muitos outros. Se a criação fosse uma espécie de floresta-estufa diria que quando já existem plantas prontas a sair, há outras que ainda são apenas semente, outras já no viveiro, outras ainda simplesmente a precisar de tempo p'ra crescer.
Quando o António Cunha da UGURU me propôs, de certo modo, a entrada do agente sanitário, do comprador de plantas, do expert em inventários, isto é uma revisão da matéria produzida até aí, saí da estufa, esqueci a floresta e fui ao escritório, ao livro de registos, consciencializei as compras, os gostos gerais, os mais particulares, os únicos.
É tempo de recolecção. De pôr as canções todas «numa carreirinha, para ver até onde eu cheguei», como dizia a Rosa Ramalho a propósito das suas peças de cerâmica.
Não serei seguramente só eu a fazer a escolha. Lembrarei, é claro, as que são mais fáceis de transportar, as que têm mais perfume, as que são mais resistentes, as que ficam de certeza, muito melhor na janela do vizinho do que na minha."

Amélia Muge

Convidados
Ana Moura e Gaiteiros de Lisboa

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Luzes de natal

O Terreiro do Paço está cheio de bolas da TMN. Vi-as quando vinha de um concerto de Natal, imbuída de certo espírito da época, mas não pude acreditar. Ainda agora estou de boquinha aberta, mais incrédula que Tomé.
Então foi esta a brilhante ideia da Câmara para não torrar o erário no concurso anual para a mais espaventosa decoração natalícia de sempre: permitir a instalação de qualquer porcaria luminosa desde que fosse paga pelos comerciantes. Como se não nos bastasse a habitual cacofonia publicitária, incluindo a pimbalhada que temos de ouvir no metro - mas essa abusa tanto da nossa inércia que ainda há-de haver uma lei, um abaixo-assinado ou qualquer coisa que nos livre dela.
Caro António Costa: há parcerias mais interessantes para fazer com os privados; em Paris, por exemplo, a JCDecaux pagou toda a rede de bicicletas partilhadas. Isso resolvia a questão dos cinco milhões de euros que tanto escandalizaram a oposição na Assembleia Municipal que a fizeram votar contra a rede de bicicletas em Lisboa. Isso é que era bonito de se ver!
Já aqueles trambolhos mal paridos a piscarem o azul mais feio do mundo no Cais das Colunas e no Marquês, era de se lhes dar uns valentes pontapés.

Ópera Premium

Violinista para harpista, durante o aquecimento dos sopros, momentos antes da entrada da orquestra para o concerto de natal:
- não me parece que haja aqui gajos bons.

Novidades lá da rua

Há um mês que a vizinha do terceiro anda louca porque o traficante do bairro se mudou para o rés-do-chão. É um entra e sai que dá que pensar. Eu se tivesse a televisão sempre ligada, a idade dela e um neto pequeno também tinha medo. Até ver, vejo.
Até ver, de clientes e colaboradores independentes, nada a assinalar. A coisa resvala é dentro de casa, com gritos e a mulher a partir o trinco da porta do prédio, à saída. Não é nenhum exclusivo de vendedores de drogas ilegais mas dá um bocado de azia. Sobretudo a parte dos putos a chorar. Essa é que já começa a ser difícil de engolir, ó vizinho.